{"id":195,"date":"2020-06-12T23:03:00","date_gmt":"2020-06-13T02:03:00","guid":{"rendered":"https:\/\/artimagestudios.com\/?p=195"},"modified":"2023-01-10T12:16:38","modified_gmt":"2023-01-10T15:16:38","slug":"caos-social-ou-seguranca-terapeutica","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/artimagestudios.com\/caos-social-ou-seguranca-terapeutica\/","title":{"rendered":"CAOS SOCIAL OU SEGURAN\u00c7A TERAP\u00caUTICA"},"content":{"rendered":"
Ultimamente, muitas pessoas est\u00e3o preocupadas, e para alguns \u00e9 muito dif\u00edcil entender ou encontrar uma raz\u00e3o porque na sociedade moderna ou p\u00f3s-moderna de hoje existem tantos atos de racismo, viol\u00eancia familiar e crimes sexuais como nunca antes visto. Na verdade, o que temos certeza \u00e9 que o mundo est\u00e1 experimentando uma taxa crescente de viol\u00eancia, agress\u00e3o e maldade de pessoas em todo o mundo, por exemplo: <\/span><\/p>\n – A) Menino de 9 anos \u00e9 morto pela m\u00e3e, que j\u00e1 havia cortado o p\u00eanis h\u00e1 um ano (1), no Brasil;<\/span><\/p>\n – B) Entre abril e julho, gangues armadas pr\u00f3-governo e a pol\u00edcia cometeram abusos generalizados contra os manifestantes, a maioria dos quais desarmados. Esses abusos inclu\u00edram execu\u00e7\u00f5es extrajudiciais, na Nicar\u00e1gua (2);<\/span><\/p>\n – C) Um homem \u00e9 preso por dirigir embriagado em Renca, Chile, foi retirado da van da pol\u00edcia, agredido por tr\u00eas policiais que o espancaram com os punhos e dedos dos p\u00e9s em diferentes partes do corpo, incluindo a cabe\u00e7a. (3);<\/span><\/p>\n – D) Um homem que passou seis minutos pedindo ajuda, em Paysand\u00fa, Uruguai, foi sufocado pelos guardas de um shopping center. (4);<\/span><\/p>\n -E) George Floyd morre “durante uma pris\u00e3o policial”, segundo a pol\u00edcia, “parecia embriagado”, segundo a vers\u00e3o oficial da Pol\u00edcia, o homem resistiu, e em um v\u00eddeo de 10 minutos filmado por uma testemunha, um o policial mant\u00e9m Floyd no ch\u00e3o, que, de certa altura, diz: “N\u00e3o me mate”. (5)<\/span><\/p>\n<\/div>\n Mas hoje estamos falando de um processo diferente e singular que se refere \u00e0 viol\u00eancia criminal e urbana. \u201d(6), mas que tamb\u00e9m poderia representar uma continuidade daquelas lutas antigas por liberdade, independ\u00eancia e propriedade. Na verdade, a viol\u00eancia hoje parece mais pr\u00f3xima de n\u00f3s do que antes, e isso pode ser devido \u00e0 presen\u00e7a da m\u00eddia em nossas vidas hoje, redes sociais e muitos ve\u00edculos de comunica\u00e7\u00e3o – que n\u00e3o s\u00f3 naturalizam, mas tamb\u00e9m nos bombardeiam em nossas casas e em nossas celulares com viol\u00eancia excessiva, que \u00e0s vezes at\u00e9 tentam justificar-, protegidos pela espiral da comunica\u00e7\u00e3o, protegidos pelo anonimato, rapidamente, pelo imediatismo moderno, promovem atos e pr\u00e1ticas inadequadas, que revitalizam e exaltam o \u00f3dio e a viol\u00eancia formas de conviv\u00eancia.<\/span><\/p>\n<\/div>\n Diante de uma realidade t\u00e3o dura, a humanidade hoje parece estar mudando sua forma de ver as desigualdades e tem sa\u00eddo \u00e0s ruas para exigir o fim de certas pr\u00e1ticas tradicionalmente violentas, pensando que se certas formas de tratar os outros sempre existiram, agora isso tem o que fazer. mudan\u00e7a.<\/span><\/p>\n Acho que o mundo moderno reinterpretou o conceito de luta social e analisa: \u201co que significa reivindicar direitos quando voc\u00ea n\u00e3o tem? Significa traduzir para a l\u00edngua dominante, mas n\u00e3o ratificar seu poder, mas exp\u00f4-lo e resistir \u00e0 sua viol\u00eancia cotidiana e encontrar a linguagem pela qual reivindicar os direitos aos quais ainda n\u00e3o se tem direito \u201d. (7), porque por incr\u00edvel que pare\u00e7a, ainda h\u00e1 pessoas que se sentem sem direitos e por isso pedem o fim da opress\u00e3o que os reprime \u201d. <\/span><\/p>\n Em suma, devemos come\u00e7ar a prestar aten\u00e7\u00e3o aos nossos verdadeiros desejos, medir o impacto psicofisiol\u00f3gico do ambiente em nossas atitudes, refletir sobre as mudan\u00e7as em nossos comportamentos e questionar quanta influ\u00eancia a m\u00eddia exerce sobre cada um de n\u00f3s (tradicionais e moderno), tanto no curto quanto no longo prazo; precisamos pensar se discriminar, desqualificar, degradar e humilhar os diferentes \u00e9 a melhor forma de enfrentar as diferen\u00e7as, ou teremos que assumir que as melhores pessoas s\u00e3o aquelas que aproveitam as diferen\u00e7as e a complementaridade; Por fim, teremos que nos perguntar se submeter-se a um grupo de poder ileg\u00edtimo \u00e9 a coisa certa a fazer, ou \u00e9 necess\u00e1rio gerar novos espa\u00e7os de participa\u00e7\u00e3o para deixar de preservar esses regimes de poder sexual, de g\u00eanero, de fam\u00edlia, domina\u00e7\u00e3o trabalhista, pol\u00edtica e at\u00e9 policial., que n\u00e3o s\u00f3 motivam a viol\u00eancia social, mas muitas vezes preservam, para legitimar sua exist\u00eancia e autoridade mal interpretada, PORQUE VIOL\u00caNCIA \u00c9 VIOL\u00caNCIA, N\u00c3O IMPORTA DE ONDE VEM, PORQUE \u00c9 IMPOSTA OU QUEM IMPOSTA ISTO.<\/span><\/p>\n<\/div>\n <\/p>\n Referencias:<\/span><\/p>\n<\/div>\n 1 \u2013 https:\/\/istoe.com.br\/esquartejado-pela-mae-rhuan-teve-penis-cortado-ha-um-ano\/<\/a><\/span><\/span><\/p>\n 2 –\u00a0 https:\/\/www.hrw.org\/es\/report\/2019\/06\/20\/brutal-represion\/torturas-tratos-crueles-y-juicios-fraudulentos-contra<\/a><\/span><\/span><\/p>\n \u00a03 –\u00a0 https:\/\/www.publimetro.cl\/cl\/noticias\/2019\/09\/11\/formalizan-a-cuatro-carabineros-por-apremios-ilegitimos-en-renca.html<\/a><\/span><\/span><\/p>\n 4 – https:\/\/www.elobservador.com.uy\/nota\/paso-seis-minutos-pidiendo-auxilio-antes-de-morir-asfixiado-por-guardias-del-shopping-de-paysandu-202019131450<\/a><\/span><\/span><\/p>\n 5 – https:\/\/noticias.uol.com.br\/ultimas-noticias\/bbc\/2020\/05\/27\/caso-george-floyd-morte-de-homem-negro-filmado-com-policial-branco-com-joelhos-em-seu-pescoco-causa-indignacao-nos-eua.htm<\/a><\/span><\/span><\/p>\n 6 \u2013 La nueva violencia urbana de Am\u00e9rica Latina \u2013 Roberto Brise\u00f1o-Le\u00f3n \/ Revista DOSSI\u00ca de Sociolog\u00eda, <\/span>ano 4, n\u00ba 8, jul\/dez 2002, p.34-51, Porto Alegre, Brasil.<\/span><\/span><\/p>\n 7 – PERFORMATIVIDAD, PRECARIEDAD Y POL\u00cdTICAS SEXUALES – Judith Butler \/ AIBR. Revista de Antropolog\u00eda Iberoamericana, Volumen 4, N\u00famero 3. Septiembre-Diciembre 2009. Pp. 321-336, Madrid.<\/span><\/span><\/p>\n 8 -Violencia en Am\u00e9rica Latina Epidemiolog\u00eda y Costos – Juan Luis Londo\u00f1o y Rodrigo Guerrero \/ Red de Centros de Investigaci\u00f3n de la Oficina del Economista Jefe (BID) Documento de Trabajo R-375, Agosto 1999<\/span>.<\/span><\/span><\/span><\/p>\n * Publicado en Revista BH IN PRESS, de Minas Gerais, Brasil\u00a0<\/span>https:\/\/issuu.com\/revistabhinpress\/docs\/bh_in_press_jul_2020?fbclid=IwAR0o-4oGb520AGWpcL9v4JPrm_rsPIYmWkkICcP1_6v3VVSnb1HLu5gOm5M<\/a><\/p>\n \n<\/div>\n\u00c9 claro que este \u00faltimo fato n\u00e3o \u00e9 um caso isolado nos Estados Unidos ou no mundo, e eu poderia at\u00e9 dizer que n\u00e3o \u00e9 uma quest\u00e3o de ra\u00e7a, religi\u00e3o, sexo, idade, filosofia pol\u00edtica ou condi\u00e7\u00e3o econ\u00f4mica, eles fizeram parte do nosso civiliza\u00e7\u00e3o … \u201cA viol\u00eancia n\u00e3o foi alheia aos processos da vida cotidiana ou de transforma\u00e7\u00e3o social na Am\u00e9rica Latina: violenta foi a conquista, escravid\u00e3o violenta, independ\u00eancia violenta, processos violentos de apropria\u00e7\u00e3o de terras e expropria\u00e7\u00e3o de sobras.<\/span><\/p>\n
\u00c9 responsabilidade de todos n\u00f3s, por meio dos governos dos Estados, que os legitimemos para o uso racional, progressivo e proporcional da for\u00e7a p\u00fablica para nos dar seguran\u00e7a, em princ\u00edpio – sem distin\u00e7\u00e3o de ra\u00e7a, g\u00eanero, idade, social classe, ideologia, religi\u00e3o ou qualquer outra diferen\u00e7a pessoal-, pelo livre exerc\u00edcio de nossos direitos como pessoa, preservando a liberdade de todos a qualquer custo, inclusive exigindo deles uma mudan\u00e7a nos paradigmas que consagram e preservam o autoritarismo de for\u00e7a acima dignidade humana, raz\u00e3o e a pr\u00f3pria vida: “O combate e o controle da viol\u00eancia n\u00e3o figuram como uma tarefa priorit\u00e1ria em suas estrat\u00e9gias, nem foram desenvolvidos esquemas de pol\u00edticas ativas para al\u00e9m das interven\u00e7\u00f5es policiais e judiciais tradicionais … e suas possibilidades de controle ajudam a explicar a fraca resposta de governos e suas institui\u00e7\u00f5es para um problema t\u00e3o delicado e de longo alcanc<\/span><\/p>\n<\/div>\n
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